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O dilema do varejo: reduzir margem ou elevar preço? por Administrador

Postando em 27/01/2015

Segundo especialistas, o repasse de aumentos ao consumidor deve ser a saída do setor

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Se o ano passado não foi dos melhores para o varejo, 2015 promete pressão adicional sobre o comércio, que deve se deparar com o dilema de repassar preços e perder vendas, ou priorizar produtos mais baratos para seduzir os consumidores, sacrificando suas margens.

 
Segundo analistas e especialistas do setor, as recentes medidas fiscais do governo federal para aumentar a arrecadação devem ter impacto direto sobre a demanda, seja encarecendo a tomada de crédito com aumento do IOF, seja tornando os artigos mais caros pelo possível repasse de tributos mais altos.
 
Pelo menos para o início de 2015, as perspectivas sobre o desempenho do setor são mais modestas que um ano atrás. Em pesquisa com seus associados, o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) projetou um crescimento médio nas vendas de 5,2% em janeiro, 4,8% em fevereiro e 4,7% em março. Em 2014, as estimativas eram de alta de 6,4% em janeiro, 9,7% em fevereiro e 6,9% em março. A entidade representa empresas como Lojas Americanas e Magazine Luiza. 
 
“A maior parte das empresas brasileiras estão bastante ajustadas em relação a despesas, estão com pouca gordura. Então provavelmente é isso que vai acontecer, o repasse aos consumidores nos preços dos produtos”, afirmou o presidente da varejista de moda Lojas Renner, José Galló. Ele ressalvou, no entanto, que diante dos desafios no ambiente macroeconômico, as companhias seguirão buscando eficiências antes de mexerem nos preços.
 
“A inflação deverá seguir corroendo o poder de compra do consumidor, que irá filtrar ainda mais sua cesta de compras, dando preferência a produtos essenciais em detrimento daqueles supérfluos”, afirmou a analista Maria Paula Cantusio, do BB Investimentos. Questionado sobre a possibilidade das varejistas absorverem os aumentos nos custos para ganharem em volume de vendas, o consultor em varejo Ricardo Pastore afirmou que em 2015 a tônica deve ser a proteção das margens.

Com informações do jornal Valor
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